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PAX
O grande escritor
Gustavo Corção escreve em seu livro “O Século do Nada”:
“Perguntando ao mar, as árvores, ao vento, o que querem esses homens que
se agitam e meditam coisas vãs, parece-me ouvir uma resposta de pesadelo. Eles
querem produzir uma sinarquia, uma espécie de unanimidade, uma espécie terrível
de paz e bem-estar. Qual?
Querem chegar ao pecado terminal.”
Que faz o Papa
Francisco, por sua vez, senão colaborar para esta sinarquia, para esta
unanimidade na revolta com a qual Satã sonha de terminar a história humana?
Esta revolta que se apresenta como suprema fraternidade e suprema felicidade,
ela é, na verdade, uma suprema hipocrisia. Assim como no pecado original o
demônio obteve a unanimidade dos homens (Adão e Eva), agora ele quer obter o
sufrágio unânime da humanidade na revolta contra Deus. Não contente com o pecado
original ele quer obter o pecado terminal.
Satã e os seus
servem-se da noção de fraternidade, noção tão cara aos homens, pois ela nos
lembra que somos irmãos e que temos um mesmo pai. Mas qual é o pai da nova
humanidade? É o verdadeiro Deus? É Nosso Senhor Jesus Cristo com o Pai e o
Espírito Santo? Qual é a fraternidade que nos é proposta? É ela fundada na
Redenção? Fora da Redenção não há fraternidade. Que fraternidade nos é proposta
então pelos promotores da nova fraternidade? Que pai une estes irmãos? Que pai
inspira esta fraternidade?
“Vós tendes por pai o demônio e quereis satisfazer os desejos de vosso
pai” (Jo 8,44).
Infelizmente o
papa Francisco trabalha pela unanimidade da revolta, do pecado terminal, como
diz Corção. Sua fraternidade universal não é a da Igreja. Ela é a do mundo
inimigo de Deus, do mundo que combate Deus.
Escutemos São Pio
X nos dizer como terminará este combate, pois se trata de um verdadeiro combate
contra o Criador e Redentor de todas as coisas.
“Qual seja o desenlace desse combate contra Deus empreendido por
fracos mortais, nenhum espírito sensato poderá duvidar. É certamente fácil,
para o homem que quer abusar da liberdade, violar os direitos e a autoridade
suprema do Criador; mas ao Criador caberá sempre a vitória. Digamos mais: a
derrota se aproxima do homem justamente quando mais audaciosamente se ergue
certo do triunfo. E é disto que Deus nos adverte: ‘Ele fecha os olhos para os
pecados dos homens’ como que esquecido de seu poder e de sua majestade, mas
logo depois desse aparente recuo, ‘despertando como um homem cuja força e
embriaguez aumentara, ele esmagará a cabeça de seus inimigos, a fim de que
todos saibam ‘que o Rei da terra inteira é Deus’ e que ‘os povos compreendam
que não são senão homens’”.
Nova Friburgo, 25
de outubro de 2020, Festa de Cristo Rei.
† Tomás de Aquino,
OSB
Prior
U.I.O.G.D.
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