cruzada eucarística em Turim [ITA] |
Há dois mil anos
existe a Igreja Católica, dando ao mundo santos e sábios. Converteu os
bárbaros, implantou a civilização, procurou melhorar os homens de cada século
pela educação e instrução. E é alvejada pelos maus. Ensina-a virtude até o
heroísmo; a obediência devida aos superiores "etiam discolis"; a caridade no desprendimento das cousas
materiais em favor dos pobres; a pureza, sobretudo, desconhecida e afrontada
pelo mundo, até a castidade a mais perfeita insultada pelos homens de todos os
tempos. Quer a Igreja o perdão das ofensas, o amor aos inimigos, fazendo o bem
a todos os que nos fazem o mal, rezando por quem nos persegue. Zela e guia para
os bons costumes pais e filhos, ricos e pobres, grandes e pequenos, nobres e
plebeus. Todos os homens irmanados debaixo da Cruz de Cristo. E a Igreja
continua sendo alvejada pelos inimigos do eterno bem!
Se há diferentes
condições de vida, não há diferença de classes; todos irmãos pela criação, pela
redenção e todos herdeiros da mesma gloria que Deus concederá aos seus
servidores na terra do exílio. Com justiça e fortaleza se colhem os melhores
frutos de santidade na estrada real da vida terrena; com temperança e prudência
se vencem os obstáculos para a vida exemplar. Se há fé no coração humano também
haverá as boas obras santificantes, que são filhas diletas da fé ensinada pela
Igreja de Cristo; essa caridade das obras se traduz numa esperança viva de um
mundo melhor. Nossa esperança tem um limite no tempo, como a fé deixa de existir
com a luz da vida, mas tudo se funde na caridade que começa no tempo para
continuar na eternidade, no seio de Deus, sem jamais ter fim. O amor ao próximo
pelo amor de Deus.
Contra essa Igreja secular
se voltam os homens incrédulos de cada século, procurando desfazer as promessas
de Cristo. Cousa incrível. Crê o muçulmano na palavra de Maomé; crê o filósofo
na palavra de Platão; crê o protestante na palavra ide Lutero; crê o espírita
na palavra de Kardec; crê o historiador na palavra dos cronistas; crê o sábio
nas hipóteses da ciência experimental de nossos dias... como creem, assim
vivem... E todos esses incrédulos deixam de crer em Nosso Senhor Jesus Cristo,
morto no Calvário, a dois mil anos, o qual fundou a Igreja Católica, Apostólica,
Romana.
Como vive a Igreja e
como vivem os inimigos, hoje e ontem?
Vede o
judeu. Cometeu
o deicídio e vive errante pelo mundo em fora, corrido da própria sombra;
fazendo o maior mal possível; faria a cada cristão o que fizera ao Nazareno no
Calvário.
Vede a
sociedade secreta. As sociedades secretas solapam e destroem toda a influência
benéfica da Igreja no indivíduo, na família, na sociedade, nos governos,
contrastando todas as leis cristãs. De
mãos dadas aos anarquistas judaisantes as sociedades secretas de todos os Rotarys Clubs, conhecidos e
desconhecidos hostilizam a Igreja, abafando os sentimentos humanos.
Vede o
protestante.
Com suas mil seitas e cisões os protestantes açulam contra os católicos um ódio
muçulmano ao cristianismo, desfazendo as doutrinas dos apóstolos a nossos dias.
Vede os
espiritismos. Como
os protestantes e muçulmanos, os espiritas de Kardec negam todas as verdades
doutrinadas da Igreja de Cristo, desfazendo as verdades reveladas do
catolicismo.
Vede a
classe dos sábios. Os sábios arrogantes e enfatuados lançam um aceno
tolo e desdenhoso a todo o ensino religioso-católico e desprezam o cristianismo
de nossos dias.
São materialistas e
descrentes nas teorias regeneradoras da religião. E todos os ímpios com
a maior impiedade não conseguem empanar a santidade da Igreja e nem abalar as
verdades reveladas e mantidas pela Igreja de Jesus, que triunfante perpassando
as gerações chegou gloriosa ao século vinte, dando ao mundo mártires devotados,
santos esclarecidos e sábios verdadeiros. E a Igreja continua sendo mestra de
cada geração no caminho do bem.
Qual o resultado
colhido pelos figadais inimigos da Igreja? Visível é a derrocada dos maus em
cada século; vão acabar no ateísmo feroz. Quais os frutos colhidos pela Igreja
tão perseguida? Ela possui uma força imanente mantida por um fator divino, que
contrasta e repele toda a maldade secular dos maus. Os inimigos (combatendo
ferozmente) conferem-lhe uma gloria imarcescível. Pior seria se a Igreja fosse
bafejada e protegida pelos maus!!
***
Pe. Palma – Jornal O Lar Católico [1942]
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