sexta-feira, 3 de julho de 2020

Tudo o que existe merece perecer… (Jordán Bruno Genta)

O ódio à antiguidade e aos valores permanentes é o sinal da mediocridade irrevogável. As almas plebeias não reconhecem normas imutáveis nem arquétipos definitivos; confundem o respeito com a urbanidade e o pudor com a higiene.
Os materialistas expõem este incurável ressentimento contra o ser, em linguagem mais direta e mais clara que os seus tímidos sequazes: «Tudo o que existe merece perecer», declara Engels e a isto aderem todos os amantes do progresso indefinido, para quem a Idade de Ouro está sempre no porvir...
O empirismo de que enferma a nossa pedagogia liberal é a filosofia típica dos pequenos burgueses, uma espécie vergonhosa de materialismo, uma forma dissimulada, oportunista e farisaica dessa mesma ideologia que se expressa na linguagem cínica e audaz dos doutrinários marxistas.
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Jordán Bruno Genta (1909-1974). “O magistério dos arquétipos da nacionalidade”


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