Recordemos outra vez
a lição que nos dão os santos; para eles, a verdadeira vida era a vida eterna e
a vida presente não era mais que uma sombra. Para eles, a vida eterna era um
livro imenso, de que a presente vida era o prefácio, a introdução. Para eles a
vida eterna era a pátria verdadeira, e a vida na terra, um vale de lágrimas.
Alegravam-se também eles com os raios do sol;
escutavam e deliciavam-se com o trinado das avezinhas; lutavam para
cumprir o seu dever. Para o cumprirem tão heroicamente como o faziam, tiravam
forças do pensamento da vida eterna, tinham nostalgia do céu. A nostalgia do
céu compele a praticarmos verdadeiros heroísmos. Esta nostalgia faz-nos
esquecer as lágrimas e juntar as mãos na oração, para vencermos os ímpetos da
cólera, perdoando aos inimigos. Só assim podemos nós sorrir no meio dos
sofrimentos; sabemos que todas as nossas lágrimas caem nas mãos de Deus.
Estejamos certos que, por maiores que sejam as tribulações, por mais sombrio
que se nos mostre o céu, a luz da vida eterna penetra através da mais escura
cerração.
***
Mons. Tihamer Toth. Jesus Cristo Rei, Porto: Livraria Apostolado da
Imprensa, 1956, p. 67-67.
Nenhum comentário:
Postar um comentário