sábado, 8 de agosto de 2020

Nada ofusca os fulgores da verdade

 Por mais que a vil calunia refalsada,

Em seu furor bramindo revoltosa,

Tente tornar com seu veneno, irosa

Da verdade a luz pura mareada;

 

Por mais que a sua cólera inflamada

Pense envolve-la em sombra mentirosa;

Urda mil tramas; busque insidiosa

Com a mentira torna-la misturada;

 

Nada consegue, pois que fugitiva

Corre a nuvem da negra falsidade

E a razão vem brilhar fulgente e viva!

 

Vencida fica a fúria da maldade;

E qual sol que rutila em quadra estiva,

Nada ofusca os fulgores da verdade!

***

Santa Helena Magno [Carlos Hipólito de Santa Helena Magno, 1848—1882].

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